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Foto do escritorPaulo Silva

Por que os motores do Toyota COROLLA são tão CONFIÁVEIS?

Atualizado: 25 de set.

motor toyota corolla 4afe

É fato que o Corolla, em qualquer ano de fabricação, sempre se destacou no nosso mercado pelos seus motores confiáveis e resistentes, e neste artigo, você vai descobrir o porquê de toda essa confiabilidade.


Mas primeiro, vamos viajar no tempo, desde 1993, até os dias de hoje, conhecendo toda a linha de propulsores que o sedan médio da Toyota já usou no Brasil, bem como as particularidades de cada um deles.

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motores do toyota corolla infográfico

O SEGREDO DA CONFIABILIDADE


Em primeiro lugar, a Toyota carrega consigo uma filosofia de muito tempo atrás, baseada em quatro pilares, para a produção de seus carros: qualidade, confiabilidade, durabilidade e conforto.


A montadora preza por ter sempre uma boa relação, de fidelização, com seus fornecedores, que devem também carregar estes valores acima citados, para entregar os melhores componentes.


Dentre os vários fornecedores que atendem aos altos padrões de exigência da montadora nipônica, podemos destacar:

motor toyota corolla 1zzfe vvti
  • Dunlop: pneus;

  • Eberspaecher: componentes de escapamento;

  • Jtekt: caixas de direção;

  • Kayaba: amortecedores;

  • Yazaki: módulos eletrônicos, conectores, chicotes elétricos, quadro de instrumentos;

  • G-KTB: componentes soldados e estampados;

  • Hitachi: bobinas de ignição;

  • Denso: velas e bobinas de ignição;

  • Usiminas: aço plano e chapas de aço;

  • Aisin: transmissões automáticas.


A Toyota também se apoia em ideologias de conforto e tecnologia na medida certa, eliminando desperdícios, e descartando itens de valores agregados ao produto que os clientes não estão dispostos a pagar.


Assim, os seus projetos sempre foram mais conservadores em tecnologias que ainda estavam em testes ou recém-lançadas no mercado, mas ao mesmo tempo conseguindo ser bem eficiente, em tecnologias que já estavam consolidadas há anos, como por exemplo, ao usar o sistema de injeção indireta de combustível e motores aspirados naturalmente, enquanto muitos concorrentes já estavam partindo para sistemas de alta pressão e turbocompressor.


Os motores da Toyota são projetados com componentes móveis de baixo atrito, reduzindo as perdas de energia consigo mesmo.


Eles são posicionados em uma posição baixa no cofre do motor, permitindo um centro de gravidade mais baixo, melhorando a estabilidade e a aerodinâmica.


Os carros da Toyota são leves, porque isso também facilita o desempenho e o consumo, como o exemplo do Corolla, em valores aproximados abaixo:


  • Geração 7 (1993-1997) - 1100 kg

  • Geração 8 (1998-2002) - 1160 kg

  • Geração 9 (2002-2008) - 1100 kg

  • Geração 10 (2009-2014) - 1250 kg

  • Geração 11 (2015-2019) - 1310 kg

  • Geração 12 (2020-2024) - 1400 kg


Perceba que o peso médio do Corolla foi aumentando ao longo das suas gerações, justificável pela adoção de mais equipamentos de tecnologia embarcada, como airbags, ABS, central multimídia, rodas cada vez maiores, sem falar nas próprias dimensões do veículo, que também foram aumentando a cada geração para atender um mercado cada vez mais exigente com relação a conforto e espaço interno.


Mas mesmo assim, o Toyota sempre se destacou dos seus concorrentes por ser um carro mais leve para os seus padrões, e consequentemente, desperdiça menos energia para mover a si mesmo.

motor toyota corolla 2zrfbe dual vvti
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Ainda falando de motores, estes utilizam blocos de alumínio, com apenas as camisas em ferro fundido, o que garante ótima troca térmica ao mesmo tempo em que se tem excelente resistência mecânica.


Sempre priorizaram a configuração de bloco 4 cilindros, e cabeçote com 16 válvulas (4 por cilindro), que tem a premissa de encher os cilindros de forma mais eficiente e rápida, quando se compara com os modelos similares de 8 válvulas (2 por cilindro).


No entanto, essa configuração tem a desvantagem de deixar o motor mais fraco em baixas rotações, e para contornar isso, os motores Toyota da família "1ZZ" e posteriores (fabricados de 2002 em diante), passaram a contar com variador de fase para as válvulas de admissão (sistema VVTi), que mudava o tempo de atuação do comando, entregando melhor torque nessa fase.


Dessa forma, pode-se utilizar o veículo, em boa parte do tempo, em giro mais baixo, de forma confortável e prazerosa de guiar, o que diminui o desgaste do motor a longo prazo, consumo de combustível, emissões de poluentes, ruído interno e vibrações. 


Para ficar ainda mais eficiente e reduzir emissão de poluentes, a família de motores "ZR", fabricados de 2011 em diante, passaram a vir com variador de fase também para o comando de escape, sendo conhecidos como os "Dual VVTi".


As velas possuem eletrodos com composto de irídio, muito mais durável do que os modelos convencionais, sem falar na maior eficiência de queima do combustível, também garantido pelo sistema de ignição com bobinas individuais (uma por cilindro).

motor toyota corolla 2.0 injeção direta m20afkb dynamic force

Injeção de combustível sequencial, permite o pulso apenas no bico injetor correspondente ao cilindro que está entrando no tempo da admissão, garantindo maior eficiência e economia, quando comparado com os sistemas de injeção multiponto convencionais.


Coletor de escapamento integrado ao cabeçote, permite que o catalisador atinga a temperatura de trabalho o mais rápido possível (acima dos 300 ºC), reduzindo o tempo de fase fria do motor, em que há um consumo maior de combustível.


Baixa taxa de compressão em relação aos concorrentes, sempre que possível, faz com que os motores Toyota trabalhem com menor atraso de ignição.


Ampla faixa de permissibilidade de viscosidade de óleo de motor, podendo usar 10w30, 5w30, 20w50 ou 15w40 (dependendo do ano de fabricação), sendo que só foi adotar uma viscosidade mais moderna, 0w20, nos motores fabricados de 2020 em diante.


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Sincronismo por corrente (família de motores "1ZZ" e posteriores), muito mais durável e à prova de falhas, passando facilmente dos 100 mil quilômetros sem necessidade de substituição. 


Todos os motores, exceto o híbrido, usam injeção indireta de combustível, que é mais barata de reparar, com menor incidência de problemas de carbonização por combustível de baixa qualidade (ocorrência bem comum e motores de injeção direta de combustível).

motor toyota corolla 3zrfxb híbrido 1.8

A Toyota também sempre foi referência em robótica, o que sempre os colocaram um passo à frente em padrão de qualidade e precisão de fabricação de seus modelos.


Mesmo que os concorrentes inovem em tecnologia, a Toyota sempre demora um pouco até implementar em seus carros, pois primeiro ela realiza testes, muitas e muitas vezes, até funcionar bem, ver se tem qualidade, confiabilidade, e se consegue eliminar o máximo possível das chances de falhas.


Mas ainda houve momentos em que a Toyota inovou e foi pioneira em algumas tecnologias, apesar da sua filosofia mais conservadora. Um exemplo foi o projeto do Prius, primeiro carro híbrido produzido em série no mundo, em 1997, além do Mirai, que foi o primeiro movido a hidrogênio, em 2015.


Para o futuro, a Toyota já está desenvolvendo novos propulsores 1.5 (aspirado e turbo), e 2.0 turbo, ambos 4 cilindros, que poderão funcionar com gasolina, diesel, hidrogênio, e ainda serão auxiliados por um motor elétrico, garantindo uma eficiência térmica (energia que sai para a transmissão x energia disponível pelo combustível) ainda maior do que a sua atual, que é de, impressionantes, 40%.


Mas e você? Compraria um Toyota hoje em dia? COMENTE ABAIXO!!!



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