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Foto do escritorPaulo Silva

Volkswagen Santana 2.0 Mi 2003 | Avaliação

Atualizado: 25 de set.


vw santana mi 2.0 2003 frente

Sedan médio que ficou por 22 anos no nosso mercado (1984 a 2006), o Volkswagen Santana conquistou uma legião de fãs durante este tempo, sendo o preferido dos taxistas de frotistas, que buscavam um veículo equipado com um conjunto mecânico confiável, com bom espaço interno e capacidade de porta-malas, sem que tivesse que gastar tanto com combustível para ter tudo isso (sim, era um carro relativamente econômico para os padrões de época).


DESIGN


Sua carroceria tem base na plataforma B2 do Passat alemão, datada dos anos 80, que passou por dois facelifts ao longo da sua trajetória, sendo o primeiro em 1991, e o segundo, mais discreto, em 1998.


Este modelo em análise, se trata de um fabricado em 2003, já em sua última identidade visual aqui no Brasil, e conta com faróis em lente de vidro, com parábola simples, mas que iluminam muito bem à noite.


Os faróis dianteiros de neblina vinham como opcionais, e complementam a iluminação dianteira, uma vez que têm um bom foco, direcionado para as laterais e abaixo dos faróis principais, o que é ótimo para conversões em esquina, por exemplo.


vw santana mi 2.0 2003 lateral

A vista lateral entrega também a idade do projeto, uma vez que utiliza as mesmas portas desde quando foi lançado em 1984, bem como o ultrapassado sistema de maçaneta por gatilho, em um veículo 2003 que dividia o showroom das concessionárias com Golf e Bora de quarta geração, e Gol, Saveiro e Parati de terceira geração.


Outro problema de se manter um projeto antigo por tanto tempo em linha, é que seus pontos de falha também acabam o seguindo, como é muito comum, em todos os anos/modelo do Santana, a ocorrência de trincas em parede corta-fogo, torres dos amortecedores e túnel central, além dos clássicos relatos de infiltração de água no porta-malas.


vw santana mi 2.0 2003 traseira

A traseira ganhou um visual mais clean, quando se compara com a sua segunda identidade visual, mas manteve as lanternas que invadem a tampa, e o brakelight, de série em todas as versões, foi deslocado para a parte superior do vidro traseiro.


Nessa "terceira geração" do Santana, os emblemas seguiam a mesma grafia que a Volkswagen usava na época para todos os seus modelos, sendo que nas versões com motor 2.0, era ostentado o emblema referente; enquanto que nos 1.8, não vinha qualquer alusão à este propulsor de menor cilindrada.


PORTA-MALAS


vw santana mi 2.0 2003 porta-malas

Sendo um dos principais motivos para a decisão de compra na época, o Volkswagen Santana possui um bom porta-malas, com capacidade para 413 litros, podendo levar bagagens da família toda, sem maiores dificuldades.


O ponto negativo deste compartimento vai para a impossibilidade de rebater o banco traseiro, caso seja necessário, uma vez que existe uma chapa estrutural do monobloco bem atrás deste banco para garantir a rigidez torcional para o qual este veículo foi projetado (outro resquício de um projeto mais antigo).


CONSUMO E AUTONOMIA


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Em números oficiais, obtidos sob condições de testes controlados de época, o Santana 2.0 2003 à gasolina, podia fazer médias de 9,1 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada, considerando também o combustível padrão de época, que continha 22% de etanol em sua composição.


Para os dias de hoje, em que já chegamos a 27,5% de etanol anidro na gasolina (já existem conversas para se aumentar esse teor para 30%), os números citados acima tendem a ser ligeiramente menores, ou seja, o consumo pode ser um pouco mais elevado.


vw santana mi 2.0 2003 dirigindo

No entanto, quando se fala em consumo real de combustível, vários fatores devem ser levados em consideração, como modo de guiar, trajeto, trânsito, manutenções preventivas em dia, dentre vários outros.


Dessa forma, é bem plausível de se alcançar médias de 14 a 14,5 km/l na estrada, sendo sim, bem elogiado até hoje por seus donos, como sendo um veículo relativamente econômico.


Mas um ponto que vale ser elogiado no Santana, e que também foi herdado de um projeto mais antigo, é o seu tanque de combustível, com capacidade para 72 litros, sendo a combinação perfeita com um veículo de bom consumo de combustível, permitindo uma autonomia de 655 km dentro de cidade e 972 km em estrada (considerando os dados de consumo oficiais citados acima), o que é ótimo para você encher o tanque ficar um bom tempo sem precisar voltar no posto.


INTERIOR


À bordo do Santana, as primeiras impressões agradam, com uma boa qualidade dos revestimentos internos do painel central em material macio ao toque e bancos em veludo, bem confortáveis.


vw santana mi 2.0 2003 alavanca de marchas

Mas os elogios param quando observamos os forros de porta dianteiros, que sempre descolam na parte inferior, ficando quase impossível de utilizar o porta-objetos da porta. Esse é um detalhe que se observa em praticamente todas as unidades do Santana de 1998 a 2006, até mesmo em alguns com baixíssima quilometragem.


Em equipamentos de série nessa versão 2.0 de 2003, o Santana entrega direção hidráulica progressiva com coluna ajustável em altura, ar condicionado, abertura elétrica do porta-malas por botão no painel, além de travas elétricas e alarme com telecomando e imobilizador eletrônico.


Realmente, pouco quando se compara com os seus principais concorrentes, mas a VW disponibilizava os opcionais de Vidros elétricos nas 4 portas com one touch e antiesmagamento, ajustes elétricos dos retrovisores externos, faróis e lanterna de neblina e as rodas de liga leve de 14 polegadas, calçadas com pneus 185/65/R14 de série, ou opcionais 195/60/R14.


Outro item que incomoda por não vir de série, é o conta-giros no quadro de instrumentos, que se não pago à parte, vinha equipado com um enorme relógio analógico, o que era um desperdício que espaço.


vw santana mi 2.0 2003 banco traseiro

O espaço interno traseiro é razoável para um sedan médio do início dos anos 2000, com distância entre-eixos de 2,55 m e largura de 1,70 m, acomodando dois adultos com certo conforto. No entanto, se o motorista for mais alto e resolver afastar mais o banco, sobra pouco espaço para os joelhos de quem estiver atrás.


Apoio de cabeça e cinto de 3 pontos, só para quem vai nas laterais, e a parte central do encosto do banco traseiro ainda conta com um apoio de braço retrátil, que melhora um pouco o conforto. O túnel central do assoalho é elevado, dificultando ainda mais a vida de quem viaja no meio.


CONJUNTO MECÂNICO E IMPRESSÕES AO VOLANTE


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vw santana mi 2.0 2003 motor

Aqui temos um velho conhecido da Volkswagen, que é o motor AP-2000, da família EA827 (Confira o artigo completo sobre o projeto deste motor), de excelente robustez e confiabilidade, boa oferta de peças ainda nos dias atuais, e com baixo custo de reparo.


Neste ano de 2003, a potência é de 114 cavalos (no documento vem escrito 121!) à 5250 RPM, com um torque máximo de 17,5 kgfm à 3000 RPM, o que garante boas retomadas de velocidade e ultrapassagens com segurança.


O câmbio é manual de 5 marchas, sendo o mesmo modelo utilizado nas versões com motor 1.8, com a única diferença ficando a cargo da relação do diferencial, mais alongado nos Santana 2.0.


Dessa forma, de quinta marcha, à 100 km/h, este veículo está girando a 2770 RPM (2928 RPM no 1.8), o que é ótimo para garantir aqueles bons números de consumo em estrada, que citamos acima.


vw santana mi 2.0 2003 dirigindo

O conjunto de suspensão é simples, sendo Mc. Pherson na dianteira com eixo de torção na traseira, de custo de reparo também bem acessível. O ponto de atenção aqui vai para o balanço dianteiro deste Santana, que tende a ser bem perceptível ao arrancar com mais rapidez (ele levanta bastante a frente), o que pode reduzir a capacidade de tração e dirigibilidade nesse momento, então, CUIDADO!


Mas de uma forma geral, o conjunto se comporta bem, sendo calibrado para entregar um bom nível de conforto ao rodar, o que é ótimo para fazer longas viagens. Só não dá pra abusar muito nas curvas, pois ele tende a rolar um pouco mais a carroceria.


Os freios são bem dimensionados, mesmo com alguns relatos de donos reclamando de baixa potência de frenagem. Na prática, ele pára bem os 1095 kg de peso em ordem de marcha ( que é o peso próprio do veículo acrescido dos pesos de equipamentos da versão, do combustível, das ferramentas e dos acessórios, do estepe, do extintor de incêndio, do dispositivo de sinalização refletora de emergência e do fluído de arrefecimento do motor).


PREÇO E CONCORRENTES


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Cotação: fevereiro/2024 - Tabela FIPE


VW Santana Mi 2.0 8v gasolina manual 2003 - Código 005018-0

R$ 20.254,00


Chevrolet Vectra CD 2.0 8v gasolina manual 2003 - Código 004066-5

R$ 20.950,00


Honda Civic EX 1.7 16v gasolina manual 2003 - Código 014034-1

R$ 19.530,00


Toyota Corolla XEi 1.8 16v gasolina manual 2003 - Código 002028-1

R$ 27.012,00


Ford Focus Sedan Ghia 2.0 16v gasolina manual 2003 - Código 003226-3

R$ 16.621,00


vw santana mi 2.0 2003 traseira

Em resumo, o Santana hoje é indicado para você que busca um sedan médio de manutenção barata, com um conjunto mecânico confiável, de bom consumo de combustível e conforto ao rodar, na faixa dos 20 mil reais, podendo custar até um pouco mais caro, dependendo do estado de conservação.


Para isso, você deve relevar alguns pontos de atenção, como o seu projeto mais antigo passivo de falhas estruturais em soldas e infiltração de água no porta-malas, baixo nível de tecnologia embarcada e estabilidade, bem como as falhas de acabamento interno, que também podem apresentar mais ruídos com o passar do tempo.


Mas e você? COMPRARIA um VOLKSWAGEN SANTANA?

COMENTE ABAIXO!!!



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